segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pequenas ações que fazem toda a diferença.

Olá amigos, resolvi escrever esse texto para compartilhar experiências de sustentabilidade que tive e pequenas práticas do meu cotidiano, que acredito, tem dado uma “nano” contribuição para melhorar esse mundo. Resolvi divulgar, porque entendo que assim, posso aumentar essa nano contribuição para, quem sabe, uma micro contribuição.

O despertar para tentar melhorar o planeta que habitamos já vem de algum tempo, mas rememorando, percebi que “desde sempre” tivemos praticas sustentáveis em casa. Por exemplo, nunca houve desperdício de alimentos, sempre economizamos água e energia. Nunca fomos consumistas, sempre demos prioridade a outras coisas, como a busca pelo conhecimento. Mas de uns anos pra cá, aperfeiçoamos nossas práticas. Atualmente moro com a minha mãe ainda mas estou construindo minha nova casa com a minha noiva e lá apliquei muitas soluções sustentáveis desde o inicio do projeto, mas isso será objeto de outro texto. O foco aqui é o que faço atualmente e o que já fiz.

A rua onde eu moro, sempre foi arborizada, mas de uns anos pra cá, as arvores foram sendo cortadas, por estarem destruindo as calçadas. Achei um absurdo, principalmente porque não foram plantadas novas árvores em substituição as que foram cortadas.

Qual foi a solução então? Plantar uma árvore! Minha mãe tratou de plantar uma muda de Grumixama, que além dos já sabidos benefícios de filtragem da poluição, já está rendendo uma boa sombra e em determinada época do ano, ela fica cheia de frutos.

Há mais de 5 anos, eu e alguns amigos começamos a recolher garrafas Pet para o projeto da Casa de Plástico, que embora não tenha sido concretizada, fez criar algo maior: O IPD TAIPAL, do qual atualmente sou Vice-Presidente e que suas práticas estão detalhadas nesse blog.

Há 4 anos e meio, eu e minha mãe nos tornamos ovo-lacto-vegetarianos, a discussão em torno do quanto isso contribui para a melhora do planeta existe, por isso não vou me aprofundar nesse tema, embora eu acredite firmemente que essa pratica contribui para a diminuição das agressões ao nosso planeta.

O que eu quero divulgar, é que nós conseguimos extinguir o descarte de lixo em casa. Há alguns anos já separamos todos os materiais recicláveis e destinamos aos Coletores da cidade. Nesse ano resolvemos dar um destino à matéria orgânica. Por isso fizemos uma compostagem. Com uma caixa de madeira colocamos terra e começamos a depositar cascas de frutas, legumes, de ovos e demais resíduos orgânicos.

Alguns mitos foram desfeitos: Não gera mau cheiro, nem atrai bichos indesejados. Fiz uma coisa bem simples e a natureza se encarregou do resto. A água veio da chuva mesmo e assim, a vida se manifestou. Antes mesmo de eu dar um destino a esse material, as folhas já brotaram.

Como vocês podem ver nas fotos, além das folhas, feijões estão crescendo e pequenos tomates já começam a brotar também. Provavelmente vou usar essa compostagem como adubo orgânico para a minha futura horta. Como vocês podem ver, é simples e fácil de fazer. Vivemos em duas pessoas em casa, o volume de resíduos é pequeno, então, o ideal é adequar o tamanho da composteira a quantidade de resíduos.

Resolvidas as questões dos recicláveis e orgânicos, passamos a questão do lixo sanitário.

Começamos então, a destinar o papel higiênico no sanitário.

O papel higiênico – tanto faz se mais fino ou mais grosso – é parcialmente dissolvido na água e o que chegar à estação de tratamento será separado e descartado em um aterro sanitário junto com os demais resíduos sólidos. Aí está a questão: Nem todo o papel é dissolvido, mas uma grande parte, o que diminui – e muito – o impacto na natureza.

Se for jogado no cesto de lixo, além de todo o papel ir direto para a natureza, provavelmente vai ser embalado em sacos plásticos, seu impacto ambiental é maior – plásticos, como se sabe, levam décadas para ser decompostos na natureza.

Essa pratica de “lixo-zero” nos levou a não precisar sacolinhas plásticas de supermercado. Nós já adotavámos as sacolas de pano para transportar as compras, por isso também não tinhamos essas sacolinhas de plástico. Uma coisa leva a outra.

Sei que minha contribuição é pequena, mas se muitos fizessem o que eu faço, poderíamos mudar realmente as coisas. São essas pequenas práticas que podem fazer a diferença para vivermos num mundo melhor. Existem muitas outras pequenas ações que pratico no dia a dia que podem contribuir para a melhora do nosso planeta, mas como o lixo é um problema grave e sério, foquei esse texto nessa questão. Tenho consciência que existem muitas outras práticas que ainda não aderi. O aprendizado é eterno e sinto que cada vez mais as pessoas estão despertando para isso, assim descubro todos os dias novas práticas para minorar o impacto das nossas ações durante a vida. É o velho lema de “pensar global, agir localmente”.

Espero que esse seja o primeiro de muitos outros textos contando as minhas experiências nesse mundo!