segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A alimentação dos brasileiros está cada vez mais envenenada

Fonte : Brasil de Fato (de 15 a 21 julho 2010 ; pág 3 )

A alimentação dos brasileiros está cada vez mais envenenada

O brasileiro ingeriu, em média, 3,7 quilos de agrotóxicos em 2009.Trata-se de uma massa de cerca de 713 milhões de toneladas de produtos comercializadas no país por cerca de seis corporações transnacionais . Estas empresas controlam toda a cadeia produtiva, da semente ao agro químico ligado a ela. Uma condição que pressiona o agricultor familiar, refém da compra do ”pacote tecnológico”gerador da dependência na produção. O capital dessas companhias do ramo é maior que o produto interno bruto da maioria dos países da Organização das Nações Unidas. Só no Brasil lucraram 6,8 bilhões de dólares em 2009.

Para tanto , o país ergueu a taça de campeão mundial em uso de agrotóxicos e bateu outro recorde: duplicou o consumo em relação a2008. Relatórios recentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que vem sendo criticado pelo lobby do agro negócio , apontam que 15% dos alimentos pesquisados pelo órgão apresentaram taxa de resíduos de veneno em um nível prejudicial à saúde. Cana-de-açúcar, soja, arroz, milho, tabaco, tomate, batata,hortaliças (veja tabela) são produtos do dia-a-dia que passaram ater alto índice de toxidade.

Agro químico ,semente, terra e mercado fazem parte da mesma cadeia produtiva sob controle dos monopólios. Larissa Parker, advogada da Terra de Direitos, aponta uma relação direta entre a concentração do mercado de sementes e de agrotóxicos. A transnacional Monsanto controla de 85 a 87% do mercado de sementes. No caso do transgênico Milho BT (da empresa estadunidense), de acordo com a advogada, o próprio cereal é desenvolvido com uma toxina contra determina do tipo de praga. Ainda assim, agricultores no Rio Grande do Sul precisaram realizar mais de duas aplicações de agrotóxicos na lavoura. Os insetos mostraram-se resistentes à substância tóxica.Na Argentina, as corporações cobram patentes apenas dos agrotóxico se não das sementes, já que o seu uso está atrelado a elas.

Apesar de surgir como a ”salvação da lavoura”, prometendo aumento de produtividade , a introdução do químico ligado à semente transgênica incentivou o aumento do uso de tóxicos. O cultivo da soja teve uma variação negativa em sua área plantada (- 2,55%) e,contraditoriamente, uma variação positiva de 31,27% no consumo de agrotóxicos, entre os anos de 2004 a 2008, como explicam os professores Fernando Ferreira Carneiro e Vicente Soares e Almeida, do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB).

Além disso , produtos que foram barrados no exterior são usados em diferentes cultivos brasileiros. Entre dezenas de substâncias perigosas, o endosulfan , por exemplo, é um inseticida cancerígeno,proibido há 20 anos na União Européia , Índia, Burkina Faso, Cabo Verde, Nigéria, Senegal e Paraguai. Mas não é proibido no Brasil,onde é muito usado na soja e no milho.

Outro exemplo de um cenário absurdo: grandes produtores de cítricos não têm usado determinada substância tóxica, não por consciência ecológica , mas porque países importadores não a aceitam. De acordo com informações da página da Anvisa ”todos os citricultores que exportam suco de laranja já não utilizam mais a cihexatina , pois nenhum país importador, como Canadá, Estados Unidos, Japão e União Européia , aceita resíduos dessa substância nos alimentos”.

Cultura internalizada

O Censo Agropecuário de 2006, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informou que 56% das propriedades brasileiras usam venenos sem assistência técnica. De acordo com a mesma pesquisa, práticas alternativas, como controle biológico,queima de resíduos agrícolas e de restos de cultura, que poderiam gerar redução no uso de agrotóxicos, também são pouco utilizadas.

Adriano Resemberg , engenheiro agrônomo do departamento de fiscalização da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), analisa a questão dos agrotóxicos a partir dos seguintes eixos: o primeiro é que o uso dos agrotóxicos produz um impacto e uma alteração do bioma local. O outro é que a prática do uso de venenos é desnecessária, mas acaba sendo apontada como a única saída para o produtor. E vira uma cultura. ”Muitas boas práticas agrícolas,como o manejo do solo, têm sido deixadas de lado. O uso do agrotóxico é mais fácil, diante da falta de uma saída do serviço de assistência técnica pública do Estado. O que vemos são profissionais levando pacotes [tecnológicos] e não soluções, um modelo que leva o agricultor a usar o agrotóxico e não questionar muito isso. Usar um inimigo natural não significa menos tecnologia,ao contrário”, analisa.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Simpósio de Saúde Ambiental aponta riscos dos agrotóxicos

REFÊRENCIA http://www.mst.org.br/Riscos-do-uso-de-agrot%C3%B3xicos-s%C3%A3o-destaque-no-Simp%C3%B3sio-Brasileiro-de-Saude-Ambiental

Simpósio de Saúde Ambiental aponta riscos dos agrotóxicos

Da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio


O modelo de agricultura baseado no agronegócio, com grande concentração de terras e uso massivo de agrotóxicos, foi um dos temas que mais norteou as discussões do I Simpósio Brasileiro de Saúde Ambiental (I SIBSA). O evento foi realizado de 6 a 10 de dezembro em Belém do Pará, e reuniu, além de pesquisadores, também militantes de movimentos sociais e trabalhadores da área de saúde e meio ambiente. Ao final do encontro, os participantes aprovaram uma moção que vai contra o uso de agrotóxicos na agricultura e cobra a mudança do modelo de cultivo para uma plataforma agroecológica. Outra moção , também aprovada durante o encontro, questiona o processo de revisão da portaria 518/2004 do Ministério da Saúde sobre os procedimentos relativos ao controle e vigilância da água para consumo humano. A moção critica a tentativa de modificação do limite máximo de determinado agrotóxico na água potável e a falta de diálogo com os vários setores ligados à saúde ambiental durante o processo.

"O tema de agrotóxicos foi um dos mais prestigiados do Simpósio, as pessoas procuravam as oficinas e as mesas que tratavam do tema. Isso é também um reflexo da realidade, já que somos o país que mais consome agrotóxicos no mundo", avalia o professor do departamento de saúde coletiva da Universidade de Brasília (UnB) Fernando Carneiro, que também faz parte do GT de Saúde e Ambiente da Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), um dos organizadores do evento. Além do GT saúde e ambiente, também organizaram o Simpósio o Instituto Evandro Chagas e a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz. "O Simpósio uniu pesquisadores, professores, organizações sociais e demais militantes da saúde ambiental, o que fez com que saíssem de lá contribuições muito ricas", destaca o professor da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) Alexandre Pessoa, que participou do encontro, junto com outros quatro representantes da Escola: Maurico Monken, André Burigo, Gladys Miyashiro e Edilene Pereira.


Agrotóxico e saúde

"Os pesquisadores, profissionais e demais militantes da saúde ambiental, presentes neste simpósio, reafirmam o compromisso e a responsabilidade em desenvolver pesquisas, tecnologias, formar quadros, prestar apoio aos órgãos e instituições compromissadas com a promoção da saúde da sociedade brasileira, e com os movimentos sociais no sentido de proteger a saúde e o meio ambiente na promoção de territórios livres dos agrotóxicos, e fomentar a transição agroecológica para a produção e consumo saudável e sustentável", afirma a moção ‘Contra o uso dos agrotóxicos e pela vida', aprovada durante o Simpósio.

Para Alexandre Pessoa, o simpósio mostrou que a academia e os movimentos sociais estão acompanhando sistematicamente os agravos à saúde coletiva decorrentes do uso de venenos. Ele lembra que cerca de 50 trabalhos apresentados traziam como tema os riscos dessa prática à saúde humana e aos ecossistemas. "Ficou claro lá que são o latifúndio e o agronegócio que têm a ganhar com o agrotóxico e que, portanto, temos que isolá-los. O pequeno agricultor só tem a perder e é papel da política pública promover uma saúde ambiental livre dos venenos", afirma o professor.

Tanto em 2008 quanto em 2009, o Brasil foi o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Em um hectare de soja, por exemplo, chega-se a usar 10 litros de agrotóxico. No total, no ano passado, o país consumiu 920 milhões de litros. Os dados são apresentados pelo professor do Núcleo de Estudos Ambientais da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) Wanderlei Pignati, um dos palestrantes do Simpósio. "Isso vai levar uma série de prejuízos para a população, como intoxicações agudas, e o grande problema que fica menos visível, que são as intoxicações crônicas - que podem, por exemplo, provocar câncer. Vários agrotóxicos usados aqui no Brasil são cancerígenos e proibidos na União Europeia. Há outros também que causam má formação do feto, permitidos aqui e também proibidos na União Europeia, e ainda outros que causam desregulação endócrina, distúrbios psiquiátricos e neurológicos", alerta.

A moção contra o uso de agrotóxicos pede também que a Abrasco apóie a ‘Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida', que já conta com apoio de outras sociedades científicas, como Associação Latinoamericana de Sociologia Rural.

Glifosato na água

A portaria 518/2004 do Ministério da Saúde regulamenta quais e que quantidades de substâncias podem estar na água para consumo humano. Entre esses elementos, está o agrotóxico glifosato, mais conhecido como Roundup, nome comercial usado pela empresa Monsanto para comercializar o produto. De acordo com o professor Pignati, o glifosato é o agrotóxico mais consumido no Brasil, responsável por 40% da comercialização. Atualmente, na portaria 518 está especificado que a água para consumo humano pode conter até 500 microgramas (ug/L) desse elemento por litro. Entretanto, durante o processo de revisão da portaria, que está em curso, foi feita uma proposta de se elevar esse valor para 900 microgramas por litro (ug/L). A moção aprovada durante o Simpósio questiona a iniciativa. "Iniciado em 2009, o processo de revisão da referida portaria desembocou numa aprovação da minuta, pelo grupo de trabalho ministerial, que, durante as atividades do I SIBSA, concluiu pela possibilidade de permissão de substâncias anteriormente proibidas, como algicidas, bem como pela ampliação dos limites já estabelecidos, a exemplo do glifosato que, de 500 ug/L, passaria a 900 ug/L, na contramão dos princípios da precaução que norteiam a práxis da Saúde Ambiental", afirma o texto.

A moção pede ainda que seja ampliado o prazo da consulta pública para revisão da portaria e também que "seja criada uma comissão de diálogos envolvendo movimentos sociais, academia e órgãos do SUS que atuam na temática, para que seja avaliada e complementada a minuta produzida pelo GT". Para Pignati, o histórico das portarias de potabilidade da água no Brasil revela o quanto a legislação foi "legalizando a poluição". "Quando se analisam as três portarias sobre potabilidade da água feitas no país, a primeira - portaria nº 56/1977 -, a segunda - nº36/1990 - e a terceira - nº 51/2004, é possível ver a legalização da poluição e aonde chegamos com isso. A primeira portaria diz que pode ter na água para consumo humano dez metais pesados, nada de solventes, 12 agrotóxicos e nenhum produto de desinfecção doméstica, com exceção do cloro. Já na segunda portaria, editada 13 anos depois, os metais pesados passaram para 11, os solventes para sete, os agrotóxicos para 13 e os produtos de desinfecção passaram para dois. E na última portaria, os metais pesados já passaram para 13, os solventes para 13, os agrotóxicos para 22, e os produtos de desinfecção para seis. Então, vão poluindo, aumentando o uso de agrotóxico, de metais, de solventes, de desinfetantes e isso começa a ser permitido na água. Hoje, em um litro de água que nós estamos bebendo, pode-se ter esse volume todo de coisas. Então, é preciso fazer uma discussão no Brasil e no mundo sobre que tipo de água nós queremos. Será que isso é mesmo água?", questiona.

Práxis

O I Simpósio Brasileiro de Saúde Ambiental contou com a participação de cerca de mil participantes, que afirmaram na carta final do evento - a carta de Belém - o compromisso com uma ciência cidadã, na qual se valorizem os processos coletivos de produção de conhecimento. Para André Burigo, também presente no evento, ainda que essa consciência precise avançar, muitos pesquisadores do campo da saúde ambiental têm apresentado um compromisso com esses princípios. "Foi manifestado durante o Simpósio que o papel do cientista comprometido com a agenda da saúde ambiental é o de fazer uma ciência que contribua para dar visibilidade às populações que não têm voz e têm sofrido os grandes impactos desse modelo de desenvolvimento econômico -, principalmente comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, assentamentos da reforma agrária", comenta.

Para o professor Fernando Carneiro, um grande desafio é fazer com que os pesquisadores se aproximem mais da análise da realidade de vida das pessoas. "Ao mesmo tempo em que no campo da saúde ambiental há estudos que privilegiam uma terminologia clássica muito ligada a uma toxicologia dura, que tem seu papel e sua importância, muitas vezes esses estudos não conseguem desnudar as injustiças ambientais, as desigualdades. As abordagens são muito reducionistas e não é feita uma análise mais integrada de como se dá o trabalho das pessoas, onde elas vivem e quais são suas culturas", diz.

Um exemplo de como a ciência pode estar próxima e contribuir para solucionar os problemas das populações foi exposto durante o simpósio. A professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) Raquel Rigotto, também membro do GT de Saúde e Ambiente da Abrasco, contou a experiência do núcleo de pesquisa Tramas - Trabalho, Meio Ambiente e Saúde para a sustentabilidade - coordenado por ela. Há cerca de quatro anos, o grupo acompanha os problemas da população da região do baixo Jaguaribe, no Ceará. A professora explica que o campo de pesquisa é uma região de expansão recente da fruticultura irrigada para exportação, baseada na monocultura e no modelo químico-dependente, com padrão muito forte de exploração da força de trabalho e de degradação ambiental. "Quando chegamos lá, a comunidade do Tomé nos falou de um problema que era a pulverização aérea de agrotóxicos, especificamente no cultivo da banana, com fungicidas que são muito tóxicos e persistentes no meio ambiente. E essa pulverização atingia também as comunidades, já que as empresas foram instaladas justamente onde já havia muitas comunidades há muitos anos. Eles fizeram relatos de que as roupas que eles lavavam ficavam com cheiro de veneno no varal, que galinhas morriam e crianças passavam mal. E como estávamos fazendo um modelo de pesquisa que tenta dialogar com as comunidades e respeitar os saberes e as necessidades de conhecimento delas, nós incorporamos a pulverização aérea em nosso estudo e fizemos um acompanhamento dela durante dois anos", relata.


O acompanhamento foi feito durante os anos de 2008 e 2009, e durante esse período o grupo conseguiu informações que confirmaram as preocupações da comunidade. Amostras de água foram colhidas e, nelas, verificadas contaminação pelo mesmo veneno pulverizado e também por outras substâncias. A professora conta que os dados foram apresentados em um seminário na Universidade Estadual do Ceará no município sede da região, Limoeiro do norte. "As comunidades se mobilizaram muito para conseguir proibir a pulverização e, em novembro de 2009, uma lei municipal da Câmara de Vereadores de Limoeiro do Norte proibiu a pulverização aérea. Essa proibição tem uma importância muito grande porque a União Europeia também tinha proibido há dez meses a pulverização aérea", detalha.

Diante da lei municipal, as empresas reagiram fortemente dizendo que isso inviabilizaria a continuidade do cultivo no local. Na ocasião, uma audiência pública foi realizada na Câmara de Vereadores, quando diversas organizações e movimentos sociais referendaram a necessidade da proibição da pulverização e novos dados da pesquisa foram apresentados. "As empresas também tiveram voz e falaram que elas teriam um prejuízo de R$ 22 milhões caso a pulverização não fosse realizada. E nós questionamos o que são R$ 22 milhões para investidores diante da saúde de uma enorme população. Foi um momento de muito embate, um auditório com mais de 300 pessoas, durante sete horas", lembra Raquel. Poucos dias depois, em uma sessão realizada, segundo Raquel, "às escondidas", a Câmara de Vereadores de Limoeiro revogou a lei anterior e a pulverização aérea voltou a ser permitida na região. Atualmente o movimento social segue mobilizado e todos os dias 21, data em que José Maria - um dos ativistas do movimento organizado contra a pulverização, que foi assassinado -, a população faz manifestações. "Nós apresentamos isso no Simpósio, como grupo de pesquisa que busca ter uma prática científica comprometida com os processos históricos em curso nos locais onde a pesquisa está inserida. Aí existe todo um cuidado que vai desde a forma como nós definimos o objeto de estudo, como compomos a equipe de pesquisa, como definimos progressivamente, dinamicamente a metodologia de estudos, podendo inserir aí essas preocupações, esses saberes trazidos pelas comunidades, pelos sujeitos atingidos pelo problema que está sendo estudado", aponta Raquel.


A professora explica que outra preocupação é criar um processo de comunicação que também busque, mesmo antes da finalização da investigação, beneficiar o sujeito da pesquisa com alguns resultados, ainda que parciais, como recomenda o código de ética de pesquisa em saúde, em resolução do Conselho Nacional de Saúde. "Percebemos o quanto essa pesquisa foi enriquecida por estabelecer uma relação profunda de confiança, de respeito e de troca com os movimentos sociais e com as comunidades locais. Isso mostra uma possibilidade de acesso ao real vivido muito maior do que quando a pesquisa se coloca de forma distanciada", observa. A apresentação da experiência do núcleo Tramas durante o Simpósio foi aplaudida de pé. "Isso significou muito para nós. Estamos buscando, de uma forma muito humilde, tímida, dar passos no sentido de uma práxis e no sentido do que temos conversado nos ambientes acadêmicos sobre a ecologia dos saberes, a interdisciplinaridade. E se estamos ousando fazer isso, muitas vezes com muita insegurança, nós recebemos neste simpósio um referendo da comunidade acadêmica e científica de que este caminho é válido, é relevante e que é importante continuar tentando", destaca.

Contribuição:Eugênio Bianchini

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pequenas ações que fazem toda a diferença.

Olá amigos, resolvi escrever esse texto para compartilhar experiências de sustentabilidade que tive e pequenas práticas do meu cotidiano, que acredito, tem dado uma “nano” contribuição para melhorar esse mundo. Resolvi divulgar, porque entendo que assim, posso aumentar essa nano contribuição para, quem sabe, uma micro contribuição.

O despertar para tentar melhorar o planeta que habitamos já vem de algum tempo, mas rememorando, percebi que “desde sempre” tivemos praticas sustentáveis em casa. Por exemplo, nunca houve desperdício de alimentos, sempre economizamos água e energia. Nunca fomos consumistas, sempre demos prioridade a outras coisas, como a busca pelo conhecimento. Mas de uns anos pra cá, aperfeiçoamos nossas práticas. Atualmente moro com a minha mãe ainda mas estou construindo minha nova casa com a minha noiva e lá apliquei muitas soluções sustentáveis desde o inicio do projeto, mas isso será objeto de outro texto. O foco aqui é o que faço atualmente e o que já fiz.

A rua onde eu moro, sempre foi arborizada, mas de uns anos pra cá, as arvores foram sendo cortadas, por estarem destruindo as calçadas. Achei um absurdo, principalmente porque não foram plantadas novas árvores em substituição as que foram cortadas.

Qual foi a solução então? Plantar uma árvore! Minha mãe tratou de plantar uma muda de Grumixama, que além dos já sabidos benefícios de filtragem da poluição, já está rendendo uma boa sombra e em determinada época do ano, ela fica cheia de frutos.

Há mais de 5 anos, eu e alguns amigos começamos a recolher garrafas Pet para o projeto da Casa de Plástico, que embora não tenha sido concretizada, fez criar algo maior: O IPD TAIPAL, do qual atualmente sou Vice-Presidente e que suas práticas estão detalhadas nesse blog.

Há 4 anos e meio, eu e minha mãe nos tornamos ovo-lacto-vegetarianos, a discussão em torno do quanto isso contribui para a melhora do planeta existe, por isso não vou me aprofundar nesse tema, embora eu acredite firmemente que essa pratica contribui para a diminuição das agressões ao nosso planeta.

O que eu quero divulgar, é que nós conseguimos extinguir o descarte de lixo em casa. Há alguns anos já separamos todos os materiais recicláveis e destinamos aos Coletores da cidade. Nesse ano resolvemos dar um destino à matéria orgânica. Por isso fizemos uma compostagem. Com uma caixa de madeira colocamos terra e começamos a depositar cascas de frutas, legumes, de ovos e demais resíduos orgânicos.

Alguns mitos foram desfeitos: Não gera mau cheiro, nem atrai bichos indesejados. Fiz uma coisa bem simples e a natureza se encarregou do resto. A água veio da chuva mesmo e assim, a vida se manifestou. Antes mesmo de eu dar um destino a esse material, as folhas já brotaram.

Como vocês podem ver nas fotos, além das folhas, feijões estão crescendo e pequenos tomates já começam a brotar também. Provavelmente vou usar essa compostagem como adubo orgânico para a minha futura horta. Como vocês podem ver, é simples e fácil de fazer. Vivemos em duas pessoas em casa, o volume de resíduos é pequeno, então, o ideal é adequar o tamanho da composteira a quantidade de resíduos.

Resolvidas as questões dos recicláveis e orgânicos, passamos a questão do lixo sanitário.

Começamos então, a destinar o papel higiênico no sanitário.

O papel higiênico – tanto faz se mais fino ou mais grosso – é parcialmente dissolvido na água e o que chegar à estação de tratamento será separado e descartado em um aterro sanitário junto com os demais resíduos sólidos. Aí está a questão: Nem todo o papel é dissolvido, mas uma grande parte, o que diminui – e muito – o impacto na natureza.

Se for jogado no cesto de lixo, além de todo o papel ir direto para a natureza, provavelmente vai ser embalado em sacos plásticos, seu impacto ambiental é maior – plásticos, como se sabe, levam décadas para ser decompostos na natureza.

Essa pratica de “lixo-zero” nos levou a não precisar sacolinhas plásticas de supermercado. Nós já adotavámos as sacolas de pano para transportar as compras, por isso também não tinhamos essas sacolinhas de plástico. Uma coisa leva a outra.

Sei que minha contribuição é pequena, mas se muitos fizessem o que eu faço, poderíamos mudar realmente as coisas. São essas pequenas práticas que podem fazer a diferença para vivermos num mundo melhor. Existem muitas outras pequenas ações que pratico no dia a dia que podem contribuir para a melhora do nosso planeta, mas como o lixo é um problema grave e sério, foquei esse texto nessa questão. Tenho consciência que existem muitas outras práticas que ainda não aderi. O aprendizado é eterno e sinto que cada vez mais as pessoas estão despertando para isso, assim descubro todos os dias novas práticas para minorar o impacto das nossas ações durante a vida. É o velho lema de “pensar global, agir localmente”.

Espero que esse seja o primeiro de muitos outros textos contando as minhas experiências nesse mundo!


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Um olhar sobre a Oficina um retrato das Bacias Hidrográficas dos Rios Sorocaba e Médio Tietê


Nos dias 11 e 12 de Novembro de 2010 Aconteceu no Auditório Municipal Rubens Caetano da Silva o "Cariocão" a "Oficina um retrato das Bacias Hidrográficas dos Rios Sorocaba Médio-Tietê " projeto promovido pela ong 5 Elementos ligada a área de educação ambiental e demais assuntos relacionados ao meio ambiente.
Compareceram ao evento membros das Ong IPDTaipal, da Aesfa , do CMMA de Piedade, funcionários públicos e estudantes de diferentes áreas.Todos com um único objetivo adquirir novos conhecimentos na área ambiental e criar um conhecimento mais amplo das Bacias no qual fazemos parte.

A Oficina foi desenvolvida em 2 dias : no primeiro a Valéria nos deu oportunidade de conhecer o trabalho da 5 Elementos que há 15 anos vem trabalhando , adquirindo conhecimento expandindo e importando ideias na área de educação ambiental.
Nos explicou sobre a importância da preservação da água, divulgando gráficos no qual foi representado em números a quantidade de água que temos em todo o planeta.

De 100% de toda água do planeta
água doce e água salgada
2,7% equivale a água doce
0,26% água doce de fácil acesso ( rios ,lagos e represas)
e
0,002% de água potável

e os demais são água salgada.


De um todo é muito pouco, deste muito pouco é muita água mas a qualidade não permite o uso deste muito pouco, por isso é de muita importância criarmos consciência de como estamos utilizando a nossa água no dia a dia.
Os orgãos públicos devem criar mecanismos que ajudem a desenvolver esta consciência nas pessoas e os mesmos darem exemplos de como é possível utilizar a água sem desperdícios e de maneira saudável.
Forçar planejamentos regionais compete aos ambientalistas e entidades ambientais pra que juntos possam trocar ideias , sugestões e projetos que ajudem a manter a qualidade da água que ainda temos.
Comitê serve para articular com diretorias : fiscalizar , sugerir ,analisar projetos e fazer um elo entre entidades ambientais , ambientalistas e sociedade civil.

Quanto você está marcando o planeta com sua existência?
O que você está fazendo pra garantir a qualidade no planeta no qual você vive hoje?, o que vai deixar de herança as próximas gerações?você veio ao planeta onde ainda temos alguns rios limpos no qual podemos nadar, pescar, você consegue garantir o conforto que a tecnologia nos deu até hoje?
Pare e pense qual é a sua pegada hidrica que você deixa no planeta!
Tenha a pegada mais leve de forma sustentável assim você pode garantir um planeta mais saudável para suas próximas gerações.
O primeiro dia terminou com atividade em grupo de como explicar um mapa e seu conteúdo através da arte, foram utilizadas poesias, jogral , música ,teatro e mímicas... todos demostraram um talento á parte mais todos focado na consciência ambiental.No primeiro dia o curso foi baseado na parte teórica e técnica para criarmos uma noção mais prática para a segunda parte do curso.

No segundo dia a Camila explicou sobre O Atlas Socioambiental um retrato das bacias Hidrográficas dos Rios Sorocaba Médio Tietê que é uma ferramenta para a gestão e conservação dos recursos hídricos de forma participativa na região da bacia hidrográfica dos rios Sorocaba e Médio Tietê. Neste projeto a 5 elementos estabeleceu uma importante parceria com a rede de Mapas verdes, o Green Map System (GMS), uma estrutura localmente adaptável e globalmente compartilhada para a elaboração de mapas ambientais. Desta forma os mapas temáticos se articulam com esta ferramenta e trazem uma nova visão sobre a região da Bacia Hidrográfica dos Rios Sorocaba e Médio Tietê.
Nos ensinou como ler um mapa e entendê-lo , aprendemos localizar os caminhos que os rios fazem dentro de nossa bacia.
A tarde trocamos informações sobre o município e região , utilizando o método de importar e exportar ideias ,saímos em grupos para a criação do nosso próprio Mapa Verde , foi uma experiência saúdavel no qual desenvolvemos o Mapa Verde, com ícones padronizados e informações de fácil entendimento para identificar questões ambientais ligadas ao local, foi possível avaliar as influências antrópicas (ações humanas) causadoras de impactos.
Para quem ainda não ouviu falar da 5 Elementos e do Mapa Verde vocês podem entrar nos sites ao lado lá você encontra mais informações a respeito eu recomendo !
A iniciativa da oficina é de grande importância para a região , trata de uma maneira mais simples e didática na explicação, um método mais prático e dinâmico no qual o público participa e interagie de uma maneira diferente neste assunto tão importante.

Parabéns aos idealizadores do projeto !

No ínicio do curos recebemos exemplares do mapa socioambiental , fichários e CDs, e no final o Certificado de conclusão do curso.
A oficina é financiada pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO) e conta com a parceria do Comitê de Bacias Hidrográficas Sorocaba e Médio-Tietê.

por Mariangela Cesar Lomanto

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Luminárias com Diodos Emissores de Luz

Este projeto é publicado para que possa ser utilizado por quem quer empregar a idéia para iluminar seus caminhos ou de outrem. Se o fizer, assume o compromisso de divulgar a idéia, e jamais impedir que outros se beneficiem dela, por meio de um registro de patente. Este projeto abrange uma ampla gama de artefatos para iluminação construidos e a construir. Artefatos desta espécie têm sido construidos por mim desde setembro de 2007.

Os diodos emissores de luz (DELs) produzem luz pela recombinação de eletrons e buracos através de uma junção de diodo semicondutor com determinadas impurezas, sob um campo elétrico criado por uma pilha, bateria, ou fonte retificada da rede elétrica. Um DEL requer uma tensão de 1,5 a 3,8 volts, dependendo da cor, para conduzir correntes variando de 1 a 1000 miliamperes, e produzir um feixe luminoso de 1 a centenas de lumens. As lanternas aqui descritas são artefatos com corpo de bambu, que posicionam DELs e os submetem a uma determinada tensão elétrica coerente com suas especificações de potência.

Uma lanterna a DEL de baixa potência é um artefato que abriga os DELs, um par de pilhas comuns, e uma chave.
Para uma residência ou escritório, utiliza-se uma fonte de alimentação alimentada pela rede elétrica. Os DELs podem ser numerosos de baixa potência ou alguns de alta potência.

Lanterna
Construir uma caixa de 90 x 35 x 25 mm de bambu. Uma das faces mais largas deve ter a chave embutida perto dos DELs. Furar uma face menor (35 x 25 nn) e inserir os DELs desejados (digamos, dois). Se houver mais de um, interligá-los em paralelo. Soldar os terminais do porta-pilhas duplo, sendo o polo negativo no catodo e o positivo (fio vermelho) no anodo. Um dos polos deve ter a chave soldada em série. Ver os diagramas da figura abaixo.Na figura existem dois tipos de lanterna.
A de cima é o esquema elétrico de um farolete a pilhas primárias ( comuns ou alcalinas ). São necessárias apenas duas, porque estas pilhas têm uma tensão nominal de 1,5 volt, 1,6 quando novas. Duas delas em série oferecem 3 a 3,2 volts, o que é suficiente para acender os DELs um pouco abaixo de sua luminosidade nominal, a qual se obtém com 3,5 volts.
O esquema de baixo é de uma lanterna com pilhas recarregáveis. Como estas têm uma tensão nominal de 1,2 volt (1,4 volt quando plenamente carregada), são necessárias três delas em série. Para evitar sobrecarga quando plenamente carregadas (tensão de 4,2 volts), coloca-se um resistor de 3,9 ohms para produzir uma queda para não sobrecarregar os DELs. A caixa de bambu deve ser maior, para abrigar um porta-pilhas de quatro, com a posição da quarta pilha em curto, pois não há porta-pilhas para três. O brilho desta lanterna é um pouco acima do nominal, muito melhor que a de pilhas comuns, porque funciona a 3,4 volts aproximadamente.
Nestes dois tipos de lanterna, quando colocamos mais de um DEL, estes devem ser ligados em paralelo. A perna mais curta do DEL é o catodo, onde se liga o terminal negativo da pilha. A perna longa é o anodo, onde se liga o terminal positivo da pilha.

Luminária fixa para edificações
Com múltiplos DELs de baixa potência
Esta variedade faz uso de DELs de 20 mA e 5 mm de diâmetro. Fura-se uma talisca de bambu com a broca de 5 mm na quantidade desejada (8, 16, 24, 32, 48, 64 etc.) e insere-se os DELs. Interliga-se os DELs em grupos de 4 em série, conforme o diagrama abaixo. Vários grupos de quatro DELs podem ser ligados em paralelo no mesmo circuito. Levar em conta que cada grupo consome 20 mA. Como o trafo supostamente suporta um ampère de corrente, considero seguro trabalhar com uma carga de uns 600 mA, ou seja, até 30 grupos de 4 DELs em paralelo.
A fonte de alimentação apresentada tem os seguintes componentes eletrônicos.


quantidade Descrição
1 transformador de 12 + 12 volts, 1 A
2 diodos retificadores 1N4007
1 capacitor eletrolítico de 470 microFarads, 25 volts
1 regulador de tensão LM317 (circuito integrado de 3 terminais)
1 resistor de 1 kohm, 1/8 watt
1 potenciômetro de 10 kohm
O transformador, os diodos e o capacitor constituem a parte abaixadora e retificadora da tensão. No capacitor espera-se uma tensão de 14 a 18 volts contínuos, dependendo da corrente fornecida. O circuito integrado LM317 garante que a tensão não sobrecarregue os DELs, que são sensíveis a tensões superiores a 3,5 volts, mesmo por breves períodos de tempo. O potenciômetro permite variar a luminosidade dos DELs desde totalmente apagados até o máximo de brilho.

Se houver uma bateria (de carro ou de motocicleta), então pode-se ligar os 4 DELs em série entre os polos (catodo no negativo e anodo no positivo). Seria seguro porque a bateria não ultrapassa os 14 volts, mesmo quando completamente carregada.
Um arranjo conveniente seria utilizar um circuito retificador como o do diagrama, da esquerda para a direita até o capacitor, que seria ligado entre os polos da bateria. Dessa forma, caso haja interrupção da rede, a luz não se apagaria. A bateria ficaria num permanente estado de carga. Quando a bateria estiver carregada, a corrente de carga se reduz a zero automaticamente.



Com poucos DELs de alta potência
Faz-se uso dos superDELs, que conduzem de 350 a 1000 mA, com potência nominal de 1 a 3,8 watts. O que torna este projeto atraente é o atenuador de luminosidade (dimmer). Nos DELs, pode-se gozar dos benefícios do circuito integrado regulador de tensão LM317, que permite variar continuamente a tensão de 1,3 volt até a tensão de alimentação máxima. Como mostrado na figura seguinte, os terminais do LM317, lidos da esquerda para a direita, olhado de frente, são A (ajuste) O (output - saída) I (input – entrada). O recurso mnemônico que uso é que AOI significa azul em japonês. Com uma corrente de miliampères, é possível regular finamente a tensão.

A luz destes superDELs é muito forte e não pode ser olhada de frente. Seu espectro de radiação visível é semelhante à do sol e pode danificar a retina. A energia luminosa liberada por um desses chega perto de 300 lumens, no seu máximo, a 1 ampère.

Com DELs intermediários de 100 mA
Estes são de potência intermediária, que funcionam nominalmente a 350 mW, ou seja, 100 miliampères e 3,5 volts. Eles são construídos com 5 pastilhas dentro do mesmo invólucro, têm um corpo cilíndrico de 10 mm de diâmetro e possuem uma potência luminosa elevada—290 candelas. Em comparação, um DEL de alto brilho de 5 mm consegue produzir no máximo 19 candelas. Considerando que 5 x 19 = 95, impressiona que tenham conseguido produzir 290 candelas com 5 pastilhas apenas.
Usei quatros destes DELs para uma luminária com surpreendente alcance e brilho no meu bosque particular.
A forma mais simples de montagem destes DELs é fazer umas taliscas (tábuas) de bambus de uns 20 x 2,5 x 0,4 cm, prender uma outra talisca de uns formando um «T», esta mais curta com um furo para prender ou amarrar a unidade no teto.
Na parte longa, virada para baixo, fazer furos de 10mm de diâmetro, de modo que o DEL passe justo, com a lente virada para o lado oposto da talisca curta. Se utilizar DELs comuns, de 5mm, evidentemente, esses furos deverão ser de 5mm. Como uma broca de 10mm de diâmetro é mais cara, eu começo com uma de 2mm e vou alargando, até a maior que tenho, de 8mm, para evitar danificar o bambu (rachar, por exemplo). Depois uso uma grosa cilíndrica para alargar cuidadosamente até 10mm. Sugiro colocar 4 DELs em cada artefato, os quais deverão estar ligados em série, isto é, cada catodo no anodo do DEL seguinte. O catodo, onde se liga o negativo da alimentação, é a perna mais curta, e o anodo (polo positivo), a perna longa.
Usamos um transformador de 12 + 12 volts e 1 ampère que teoricamente deveria manter 12 volts entre o condutor central e o extremo do secundário (em geral com as cores vermelho-preto-vermelho). O primário, onde se aplica a tensão da rede, tem 3 condutores de cores diferentes, por exemplo, preto-amarelo-vermelho. Aplica-se 110 volts entre o preto e amarelo ou entre amarelo e vermelho, mas 220 volts somente entre preto e vermelho, para evitar queimar o enrolamento primário ou o circuito alimentado pelo secundário. Quem mora num estado de 220 volts deve tomar cuidado maior na ligação da tomada, porque só existe um par que serve, enquanto que nos estados de 110 volts, nenhum par oferece perigo.
Esta fonte de alimentação, que será de 18 volts com o potenciômetro no máximo mas com pouca carga, utiliza o par de condutores extremos do secundário, os de mesma cor, deixando o condutor central sem uso. Entre esses, ligamos uma estrutura de 4 diodos retificadores 1N4007, necessária para aproveitar tanto a fase positiva quanto a negativa da onda senoidal fornecida pela rede.
O resistor de 1 kohm entre ajuste e saída, combinado com o potenciômetro de 10 kohm, programam o LM317 para oferecer 18 volts ao brilho mínimo. Essa queda de 18 para 14 volts ocorre por causa da alta impedância de saída do transformador. O condutor do enrolamento secundário, dimensionado para suportar 1 ampère, tem uma resistividade linear tão alta, que causa essa queda de 4 volts quando passa cerca de 0,5 ampère de corrente. Quando passar 1 ampère, provavelmente a tensão cairia para 10 volts, ou seja, cerca de 12 volts antes do regulador. Seria mais correto então chamar o transformador de 6 + 6 volts a 1 ampère.
A montagem que uso é a mais elementar que existe, e resulta numa estrutura tridimensional, isolada pelo ar. Com um alicate de bico, faz-se ganchinhos nas pernas dos terminais e vai-se soldando de acordo com o esquema elétrico.

Eu começo pegando um par de diodos retificadores com as faixas brancas no mesmo lado e enrolo os terminais entre si com os dedos. Faço o mesmo com o outro par, desta vez enrolo os terminais do lado oposto à faixa branca juntos. Os terminais que sobraram, enrolo juntos cada par, de modo a formar um losango simétrico. O terminal das faixas brancas será o positivo da fonte. O terminal dos opostos à faixa branca será o negativo da fonte. Os dois terminais do losango restantes são ligados aos dois condutores do secundário do transformador (onde teoricamente temos 24 volts), fazendo ganchos como expliquei. Entre o positivo e negativo ligamos o capacitor eletrolítico, cuidando que o terminal negativo no capacitor é marcado com sinais de menos.
Agora programamos o regulador, conectando o resistor de 1 kohm entre o ajuste a saída. Cortar dois pedaços de condutor de uns 15 cm de comprimento, e descascar ambas as pontas. Sobras de condutor de telefone são boas para isso. Fazer gancho e soldar um condutor no terminal central do potenciômetro e o outro na extremidade direita de quem olha pelo lado da haste. As outras extremidades de cada condutor são soldadas, um no ajuste do LM317 e o outro no polo negativo do capacitor. Finalmente, ligar a perna que sobra do regulador, a entrada, no polo positivo do capacitor. Está pronta a fonte. Falta ligar um par de condutores num plugue para a rede, e as outras extremidades no primário do transformador. Em geral, eu nem soldo essa conexão, só enrolo com os dedos e isolo com fita crepe, porque é temporária. Quem tem rede de 220 volts, ligar o plugue entre o condutor preto e vermelho. Quem tem rede de 110 volts, entre o preto e a outra cor que sobra (amarelo ou azul).



Esta foto dá uma idéia da montagem do circuito da fonte de alimentação sem suporte de circuito impresso. Note-se o regulador LM317 no primeiro plano, o capacitor com os diodos retificadores no meio e o potenciômetro no fundo, todos interligados em pleno ar. Com prática, é a melhor forma de construir circuitos artesanais.

Por Mário Miojym

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Oficina em Piedade .

Gostariamos de convidá-los a conhecer mais de perto o trabalho que faz parte do Programa Água do 5 Elementos , e tem sido desenvolvido na Bacia Hidrografica dos rios Sorocaba e Médio Tiete em parceria com o Comite de Bacias Hidrográficas SMT. As oficinas acontecem ao todo em 12 cidades entre elas Itú,Cabreúva, Piedade ,Salto de Pirapora, Sorocaba, Boituva, Tatuí ,Porto Feliz e Ibiúna.É muito saudável essa troca de conhecimento entre pessoas que habitam a bacia e desenvolvem ações .

O Projeto 5 elementos está promovendo eventos que vem sendo desenvolvidos desde outubro e vai até dezembro, a oficina "Um retrato socioambiental da Bacia Hidrográfica dos rios Sorocaba e Médio-Tietê".

O conteúdo da Oficina está baseado na publicação “Atlas Socioambiental: um retrato da Bacia Hidrográfica dos rios Sorocaba e Médio-Tietê”. Dividida em dois dias, na oficina serão apresentados temas como a gestão das águas nos âmbitos local e nacional; a estrutura de funcionamento do Comitê da Bacia Hidrográfica Sorocaba Médio-Tietê; o cenário de projetos apresentados e financiados pelo FEHIDRO; apresentação do Atlas Socioambiental, Mapa Verde e Autocartografia.


A "Oficina - Um retrato da Bacia Hidrográfica dos rios Sorocaba e Médio Tietê", será realizado pelo Instituto 5 Elementos em parceria com a Prefeitura Municipal de Piedade. As vagas são limitadas, o prazo para efetuar a inscrição encerra no dia 08/11/2010.

A oficina é financiada pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO) e conta com a parceria do Comitê de Bacias Hidrográficas Sorocaba e Médio-Tietê.

Para conhecer outros trabalhos do Projeto 5 elementos vcs podem entrar em contato com Camila Mello , que tb faz parte da IPDTaipal, pelo e-mail producao@5elementos.org.br ou(0xx11) 3871-1944.

Mais informações do evento em Piedade vc encontra na Coordenadoria Municipal de Meio Ambiente
Praça Raul Gomes de Abreu, 200 - Centro
Piedade-SP
(15) 3244-8400
Faça já sua inscrição na Coordenadoria!

Contamos com a sua participação!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

IPD Taipal leva alegria para as crianças em orfanato.


Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Taipal de Piedade, em parceria com o Orfanato Lar da Mônica, realizou, no último dia 23, evento em comemoração ao mês das crianças. Denominada “Eco do Futuro”, a iniciativa proporcionou brincadeiras, oficinas, plantio de mudas e palestras sobre os cuidados com o meio ambiente. O IPD Taipal, que atua principalmente em questões de preservação e sustentabilidade, desenvolveu atividades que despertaram nas crianças a importância de preservar o meio ambiente.

Uma das atividades foi a oficina “cuca verde”, que fez a alegria das crianças. O boneco ecológico feito com meia calça, alpiste e serragem, desenvolve uma espécie de “cabelo de grama”, que deve ser regado para crescer. Além disso, seis mudas de árvores foram plantadas no pomar do Orfanato, com o apoio da Coordenadoria de Meio Ambiente da Prefeitura de Piedade. Cerejeira, Araçá e Ipê Amarelo foram as espécies escolhidas para o plantio.


De acordo com Eugênio Bianchini, presidente da Taipal, o evento foi importante para o primeiro contato com o Lar da Mônica que proporcionará futuras parcerias e assessorias na área ambiental. “O Lar tem grande potencial de sustentabilidade que no momento não está sendo aproveitado. Poderemos colaborar futuramente com o planejamento sustentável, sistema de captação da água da chuva, bem como oficinas de confecção de luminárias ecológicas de bambu para iluminar o local”, afirma.

Depois das brincadeiras e oficinas, as crianças apreciaram um lanche de cerca de 20 kg, doado pela empresa Danilo Big Lanches, além de receberam canecas, para evitar o uso de copos descartáveis. Outra surpresa do evento foi a entrega de doces, balas, pipocas e pirulitos. “Conseguimos transmitir um pouco de conscientização ambiental e alegria, que é o que importa”, finaliza Bianchini.

O evento contou com apoio das empresas: Anchieta Center, Aranha Ferreira Advogados, Art Festa, Danilo Big Lanches, Drogaria Luis e Hilda, Loja Ki Loucura, Mercearia Marcelo, Papelaria Moura, e Prefeitura Municipal de Piedade.

O IPD Taipal fica na Rua Itzio Kometani, Quadra M, lote 23, bairro Ortizes, Piedade/SP, para mais informações sobre os trabalhos desenvolvidos na ONG ligue (15) 9119-9821.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

IPD Taipal e Orfanato Lar da Mônica promovem evento para crianças

O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Taipal, em parceria com o Orfanato Lar da Mônica de Piedade, realiza, no próximo sábado (23), um evento em comemoração ao mês das crianças. As atividades têm início às 9h, com apresentação de teatro sobre o tema Meio Ambiente; 9h30, oficina “Cabeça Verde”; 10h30 Oficina de desenho e plantio de mudas de árvores; das 11h às 12h lanche e distribuição de lembrancinhas.

Para o presidente da Taipal, Eugênio Bianchini, a conscientização ambiental é importante para a formação critica das crianças. Principalmente quanto ao limite de consumo e da responsabilidade de cada um na manutenção da saúde do planeta.

Para a realização do evento, a ONG Taipal e o Orfanato Lar da Mônica contam com os parceiros: Prefeitura Municipal de Piedade, através da Coordenadoria de Meio Ambiente, Anchieta Center, Art Festa, Danilo Big Lanches, Loja ki loucura, Mercearia Marcelo, Papelaria Moura e Aranha Ferreira Advogados

O Orfanato Lar da Mônica fica no bairro das Furnas, estrada Municipal Km 17 s/nº, Piedade. Para mais informações ligue: (15) 9143-9706 ou (15) 9143-6856.

Ong Taipal participa de oficina da UFSCAR/Sorocaba

Ong Taipal participa de oficina da UFSCAR/Sorocaba

Sorocaba,08 de outubro de 2010-O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Taipal integra a oficina "Agroecologia e Bioconstrução" uma parceria com a UFSCAR( Campus Sorocaba).A ong ministrou, em setembro, o segundo módulo da oficina, desenvolvida na Fonte São José, em Piedade,oferecendo aos 35 participantes cursos sobre manejo de agrofloresta, construção de bambus e produção de adobes (tijolos feito de terra crua).
"Atividades como essa proporcionam à Taipal cumprir seus objetivos, como disseminar novos modelos ecológicos para a cura do Planeta", destaca o presidente da instituição Eugênio Bianchini da Paixão.
A iniciativa partiu do coordenador do projeto de Agroecologia da UFSCAR/Sorocaba, engenheiro florestal,professor e mestre em Biodinâmica, Fernando Silveira, e do Administrador a Fonte São José,Frederico Ferrari.A oficina conta com quatro módulos, e o último será desenvolvido, em novembro, no Campus Sorocaba da UFSCAR.
O Institudo de Pesquisa e Desenvolvimento fica na Rua Itsio Kometane, lote 23,Bairro dos Ortizes, Piedade.Mais informações pelo http://www.ipdtaipal.blogspt.com

Fonte: Publicação da Matéria no Jornal Terra no município de Piedade , página 6 em 20 de outubro de 2010.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Venha conhecer o estande da IPD Taipal neste fim de semana.

Venha conhecer o estande da IPD Taipal neste fim de semana.

2º Salão Habitare começa dia 27 de agosto

Os os setores de construção, arquitetura, paisagismo e decoração farão parte da 2ª edição do Salão Habitare, organizado pela Revista Habitare e Editora SBC, entre 27 e 29 de agosto, no Salão Monteiro Lobato.

A expectativa dos organizadores é atrair um público de seis mil pessoas, composto por arquitetos, decoradores, construtores, designers de interiores, lojistas, engenheiros, consumidores finais e demais pessoas com interesse no segmento. Os visitantes terão acesso a 53 estandes. Fornecedores de produtos e serviços irão expor tendências do setor.

A diretora executiva da SBC, Tiana Ribeiro, diz que o principal objetivo do evento está em estreitar relacionamentos, ao mesmo tempo em que vários lançamentos serão antecipados. Independente de sua necessidade, o frequentador encontrará fornecedores equipados com os melhores materiais, atentos a dinâmica deste mercado. São, em sua maioria, profissionais da região, mas que estão alinhados às estratégias das grandes marcas, que também são nossas parceiras, comenta.

O salão sediará também a Praça do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil - núcleo Sorocaba), um espaço de integração e descontração para arquitetos e para o público visitante.

Também faz parte da programação o trabalho da ONG Taipal, que fornece peças de decoração e para construção em bambu. O arquiteto Eugênio Paixão, presidente da Taipal, realiza trabalhos com este material desde 2005: o interesse surgiu quando, naquele ano, foi ministrado um curso sobre plantio, colheita, tratamento e aplicação de bambu a dezenas de participantes, que, estimulou a realização de algumas oficinas artesanais. Segundo o arquiteto, a versatilidade do bambu é tão grande quanto a sua durabilidade e é possível fazer desde um revestimento até a construção de uma casa com o material.

Ainda tendo em vista o impacto ambiental e social do evento, a editora SBC realizou uma parceria com a secretaria do meio ambiente de Sorocaba para plantar 900 árvores na cidade no mês de Setembro. A ação faz parte da preocupação que a editora tem de fazer uma compensação de CO2 (gás carbono) que será emitido na montagem, durante e na desmontagem do 2º. Salão Habitare.


A visitação à 2ª edição do Salão Habitare estará aberta entre 10h e 21h. O evento tem caráter beneficente: os ingressos custam R$ 2 e toda a renda será destinada à Associação Pró Ex Sorocaba. A arrecadação da cantina será revertida para a Associação de Fissurados Lábio-Palatais de Sorocaba e Região (Afissore).

O Lar Escola Monteiro Lobato fica na Rua Antônio Aparecido Ferraz, 1111, em Sorocaba. Mais informações podem ser obtidas pelo Twitter, @habitare, site www.revistahabitare.com.br ou telefone (15) 3233 9312 begin_of_the_skype_highlighting (15) 3233 9312 end_of_the_skype_highlighting.

SERVIÇO:

2º SALÃO HABITARE

27, 28 e 29 de agosto de 2010 das 10h às 21h

Lar Escola Monteiro Lobato - Rua Antônio Aparecido Ferraz, 1111

www.revistahabitare.com.br ou (15) 3233.9312

Fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=29&id=335245

Notícia publicada na edição de 22/08/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 7 do caderno Casa e Acabamento -

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Educação Ambiental na Rede Municipal de Ensino de Piedade

Lei número 4022 de 1 de setembro de 2009
Institui a Política Municipal de Educação Ambiental na Rede Municipal de Ensino de Piedade

Geremias Ribeiro Pinto, Prefeito Municipal de Piedade, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas no artigo60,inciso IV, da Lei Orgânica do Município, FAZ SABER que a Câmara Municípal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º- Fica criada a obrigatoriada de tratar a Educação Ambiental nas atividades da Rede Municípal de Ensino, como uma prática de educativa integrada, de maneira transversal/interdisciplinar, continua e permanete em todos os níveis e modalidades do ensino formal.
Parágrafo primeiro-A obrigatoriedade de que trata o coput desse artigo entende-se às atividades de elaboração de projetos educativos, planejamento de aulas e composição de material didático;
Parágrafo segundo- O poder executivo elaborará o Programa Municipal de Educação Ambiental, no qual constará a regulamentação da presente lei.
Artigo 2º - Nos planos anuais de trabalho das unidades de ensino deverá constar previsão de carga horária e de atividades voltadas específicamente à educação ambiental, conforme parâmetos estabelecidos no Programa Municipal de Educação Ambiental e em outros regulamentos específicos.
Artigo 3º- As atividades de educação ambiental não pderão ser restritamente teóricas e desenvolvidas especificamente em salas de aula e deverão englobar atividades práticas consistentes na observação direta da natureza,na abordagem concreta de as pectos ambientais, no estudo do meio,nas pesquisas de campo e nas experiências práticas, de tal forma que se possibilite aos alunos adequadas condições para aplicação dos conceitos ambientais.
Artigo 4º- A regulamentação a que se refere a lei deverá obedecer as diretrizes da Política Federal e Estadual para educaçào Ambiental , nos termos dos parâmetros regulares nacionais segundo diretrizes definidas pela Lei Federal número 9.795, de 27 de Abril de 1999, e pela Lei Estadual número 12.780 de 30 de novenbro de 2007.
Artigo 5º-As despesas decorrentes a execução desta lei ocorrerão por contas de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Artigo 6º-Esta lei entrará me vigor na data de sua publicação, revogada a diposiçào em contrários.
Prefeito Municipal de Piedade 1 de setembro de 2009

Geremias Ribeiro Pinto
Prefeito Municipal


Autor do projeto: Prefeito Municipal

Educação Ambiental na Rede Municipal de Ensino de Piedade

Lei número 3717 de 21 de Junho de 2006

"Dispõe sobre a inclusão,no currículo escolar,de noções básicas sobre Meio Ambiente"

José Tadeu de Resende, Prefeito do Município de Piedade ,Estado de São Paulo no uso de suas atribuições legais, Faz saber que a Câmara Municipal de Piedade aprova e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:

Artigo 1º -Ficam incluídas no currículo escolar das escolas municipais, noções básicas sobre meio ambiente;
Parágrafo único --A inclusão de que se trata este artigo será realizada de acordo com os procedimentos estabelecidos pelas legislações Federal e Estadual e ficará condicionada à disponibilidade de carga horária.

Artigo 2º - O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta lei.

Artigo 3º - As despesas decorrentes da execução da presente lei ocorrerão à conta de verbas proprias do orçamento vigente, suplementadas se necessário;

Artigo 4º - Esta lei entará em vigor na data de sua publicação;

Prefeito Municipal de Piedade ,21 de Junho de 2006

José Tadeu de Resende
Prefeito Municipal

Autor do projeto: Vereador Marcelo Tavares do Rego

terça-feira, 27 de abril de 2010

Projeto – Ecomapeamento e Diagnóstico do Ribeirão dos Ortizes- Piedade SP.

O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Taipal, iniciou no dia 10 de abril no bairro dos Ortizes municipio de Piedade SP a primeira etapa do mapeamento ambiental do ribeirão , importante afluente do rio Pirapora, cujo objeitvo é localizar nascentes, afluentes, probelmas ambientais e analizar em diversos pontos a qualidade de suas águas.


Equipe: Felipe ( dalua) Rodrigo (zutta) Eugenio Valdir (em pé) João Pedro e Márcio
Nessa Primeira Fase foram percorridos 1 km do ribeirão a partir da sede da Taipal, sendo coletadas 13 amostras de água que serão analisadas e detectados problemas ambientais como erosão próximo as margens, assoremento do leito em grande parte do trajeto, mata ciliar comprometida com varias árvores de grande porte caídas e uma enorme quantia de lixo lá depositados. Tudo pontuado em GPS e registrado com fotos pela equipe de voluntários da TAIPAL




Haverá mais duas etapas deste mapeamento, totalizando um percurso de 3,5 km, que resultará em um diagnostico onde o instituto TAIPAL irá propor soluções junto aos moradores, empresários, agricultores e o poder público afim de garantir a "saúde" do ribeirão. Algumas soluções estão sendo praticadas e estudadas na sede do IPD TAIPAL, são elas:
  • Canal de inflitração e bacia de captação e contenção de águas que vem das estradas;
  • Banheiro compostável (não contamina a água);
  • Tratamento biológico das águas servidas (águas das pias e chuveiros);
  • Bombeamento de água com carneiro hidráulico ( baixo impacto ambiental e econômico, não usa energia elétrica, pode ser uma solução para a irrigação indireta menos impactante);
  • Armazenamento de águas em tanques de ferro cimento, baixo custo;
  • Construções ecologicas, menor impacto ao ambiente.
Projeto piloto quer mostrar a importância das microbacias nas comunidades locais havendo no futuro a possibilidade em se fazer um mapeamento sócio cultural, podendo também ser aplicado em outros locais do munícipio.

Para maiores informações e interesse de novos voluntários, entre em contato pelo telefone (15) 9118-9821 - Eugênio ou (15) 8118-3706 Mário ou no e-mail bioarquitetura@terra.com.br ou miyojim@gamil.com

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dia Mundial da Terra!

O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacionalcontra a poluição. É festejado em 22 de abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.

Sabe-se que a Terra tem em torno de 4,5 bilhões de anos e existem várias teorias para o “nascimento” do planeta. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, tendo a Lua como seu único satélite natural. A Terra tem 510,3 milhões de km2 de área total, sendo que aproximadamente 97% é composto por água (1,59 bilhões de km3). A quantidade de água salgada é 30 vezes a de água doce, e 50% da água doce do planeta está situada no subsolo.

A atmosfera terrestre vai até cerca de 1.000 km de altura, sendo composta basicamente de nitrogênio, oxigênio, argônio e outros gases.

Há 400 milhões de anos a Pangéia reunia todas as terras num único continente. Com o movimento lento das placas tectônicas (blocos em que a crosta terrestre está dividida), 225 milhões de anos atrás a Pangéia partiu-se no sentido leste-oeste, formando a Laurásia ao norte e Godwana ao sul e somente há 60 milhões de anos a Terra assumiu a conformação e posição atual dos continentes.

O relevo da Terra é influenciado pela ação de vários agentes (vulcanismo), abalos sísmicos, ventos, chuvas, marés, ação do homem) que são responsáveis pela sua formação, desgaste e modelagem. O ponto mais alto da Terra é o Everest no Nepal/ China com aproximadamente 8.848 metros acima do nível do mar. A Terra já passou por pelo menos 3 grandes períodos glaciais e outros pequenos.

A reconstituição da vida na Terra foi conseguida através de fósseis, os mais antigos que conhecemos datam de 3,5 bilhões de anos e constituem em diversos tipos de pequenas células, relativamente simples. As primeiras etapas da evolução da vida ocorreram em uma atmosfera anaeróbia (sem oxigênio).

As teorias da origem da vida na Terra, são muitas, mas algumas evidências não podem ser esquecidas. As moléculas primitivas, encontradas na atmosfera, compõe aproximadamente 98% da matéria encontrada nos organismos de hoje. O gás oxigênio só foi formado depois que os organismos fotossintetizantes começaram suas atividades. As moléculas primitivas se agregam para formar moléculas mais complexas.

A evidência disso é que as mitocôndrias celulares possuam DNA próprio. Cada estrutura era capaz de se satisfazer suas necessidades energéticas, utilizando compostos disponíveis. Com este aumento de complexidade, elas adquiriram capacidade de crescer, de se reproduzir e de passar suas características para as gerações subseqüentes.

A população humana atual da Terra é de aproximadamente 6 bilhões de pessoas e a expectativa de vida é em média de 65 anos.

Para mantermos o equlíbrio do planeta é preciso consciência dessa importância, a começar pelas crianças. Não se pode acabar com os recursos naturais, essenciais para a vida humana, pois não haverá como repô-los. O pensamento deve ser global, mas a ação local.

Fonte:http://www.ambientebrasil.com.br

terça-feira, 30 de março de 2010

Bio - Arquitetura.

Matéria extraída do http://www.guiaondemorar.com.br/
Bio-arquitetura na prática
É possível projetar e construir uma casa sustentável com qualidade e custo semelhante ao do mercado, garantem especialista

Estima-se que metade dos recursos naturais consumidos pela sociedade são utilizados pela construção civil. E que 80% da energia gasta na produção de um edifico é consumida na produção (queima) e transporte de materiais. Os dados internacionais reunidos em pesquisa científica, realizada pelo engenheiro Vanderley M. Jonh, nos dão um panorama do impacto negativo do modelo atual de construção.

Na contramão de tudo isso, surge a bio-arquitetura, que respeita o bem-estar das pessoas e do meio-ambiente. A fórmula mágica é simples: construir o mais naturalmente possível, sem agredir o ecossistema, utilizando materiais que são abundantes na região e mão-de-obra local, é o que explica Eugênio Biancchini da Paixão, bio-arquiteto especialista em eco-construção.

Eugênio Paixão e Rodrigo Gatto são fundadores da ONG Taipal, que pesquisa e desenvolve alternativas sustentáveis de construção. “Aqui é nosso laboratório”, conta Eugênio. A sede do instituto fica em Piedade, interior de São Paulo, e sua edificação serviu como um grande projeto experimental.

Foto de Divulgação:
O teto da sede da Ong Taipal é feito de grama e tem estrutura de bambu

Métodos sustentáveis de construção

A estrutura da sede do instituto é feita de tijolos de demolição assentados com barro, o piso também é de barro e possui uma camada de cera de abelha para impermeabilização, o telhado é feito de grama com estrutura de bambu, o banheiro é seco, e usa-se sistema de captação e reutilização da água da chuva e energia solar.

Foram aplicados também materiais reutilizáveis, tinta ecológica e a menor quantidade possível de cimento, minério que requer alto gasto de energia para ser extraído da natureza. “Isso tudo são eco-técnicas, que não provocam a extinção dos recursos e não contaminam solo, ar e o meio-ambiente em geral”, explica Rodrigo Gatto, eco-designer.

O barro e o bambu foram bastante explorados por serem abundantes na região. Muita mão-de-obra local foi necessária para levantar cada tijolo, já que na eco-construção a lógica é inversa: é preciso mais pessoas e menos máquinas.
Foto de divulgação:
Piso de barro e bambu, coberto com cera de abelha

Mas toda essa estrutura é resistente o suficiente? “Com certeza”, garante Eugênio. Segundo ele, o bambu, que é um dos materiais mais utilizados e funcionais dentro da bio-arquitetura, além de ser de fácil manejo, possui durabilidade semelhante a da madeira. Como ele é mais mole, é necessário apenas um suporte, como o concreto.

Eco-técnicas chegam a projetos de alto padrão

A bio-arquitetura ainda é vista como um modelo artesanal no Brasil, o que já foi superado em diversos países do exterior. Para os que ainda duvidam da possibilidade de ter uma casa sustentável em meio à cidade grande, o projeto do arquiteto Beto Cauby faz o tira teima.

Foto divulgação:
Projeto de casa sustentável assinado por Beto Cauby

A pedido da proprietária, ele construiu uma casa de alto padrão em um condomínio em Sorocaba apenas com eco-técnicas. “A ocupação do terreno já foi pensada de maneira a utilizar todos os recursos disponíveis no local, e não tirar e nem colocar terra”, conta Beto Cauby.

Na parte inferior da casa, garagem e piscina foram integradas de uma forma que a parede de um seja a mesma do outro. “A intenção era diminuir a quantidade de materiais, que é o primeiro ‘r’ da sustentabilidade, a redução”, explica.

O telhado foi feito com chapa de maderite de eucalipto de reflorestamento e telha de fibra ecológica, os tijolos da parte interna da casa são de licença de jazida, e os das paredes externa são de demolição, deixando à vista o charme típico do acabamento do material. Toda a madeira da obra, desde a estrutura à mobília são de madeiras certificadas. Na cozinha, o MDF foi a solução escolhida.
Foto divulgação:

O deck da casa foi feito de madeira certificada


A casa possui ainda sistema de captação de água da chuva para as torneiras da garagem e vasos sanitários. A água servida passa por uma filtragem de fossa e é devolvida para o subterrâneo do gramado a 60 cm do chão, em um processo de irrigação direta.

Para a iluminação, foram escolhidos os sensores relés, que economizam 30% de cobre, e lâmpadas LED. Todo o projeto foi pensado para que não seja necessário utilizar iluminação artificial de dia. Assim, grandes aberturas de vidro voltadas para a nascente foram colocadas nos cinco dormitórios com sacada e no living, complementando o estilo tropical da casa.

O bambu da ONG Taipal do Eugênio e do Rodrigo foi usado no forro do banheiro, na cobertura do deck e nas pérgulas. Na decoração, porcelanatos com brilho foram evitados por possuir chumbo, e foi a pintura à cal (não acrílica e não sintética) que deu o acabamento final às paredes.

Para finalizar, uma importante coleta seletiva foi feita durante todo o processo de edificação, impedindo o acúmulo de lixo frequente na construção civil tradicional.

Dificuldades e custo da obra

A principal dificuldade econtrada pelo arquiteto foi a compra de materiais sustentáveis. “O tubo pet da piscina, por exemplo, não está ainda adequado às conexões, que hoje em dia só existem de pvc. Tive que voltar ao produto padrão para garantir a qualidade da obra”, afirma Beto. Outro problema foi o sistema de ar-condicionado, que teria que ser importado do Japão, três vezes mais caro.

“É necessário instigar uma luta entre indústria e fornecedores para que esses produtos estejam disponíveis”, avalia Beto. A boa notícia é que, segundo ele, em quatro anos de obra foi possível perceber um crescimento do mercado de produtos ecologicamente corretos.

O preço também é outro problema recorrente. Com pouca demanda, os produtos sustentáveis, no geral, sempre foram mais caros. Mas ao que parece, isso já está se modificando. O custo da obra projetada por Beto foi semelhante ao de uma construção tradicional. “Já é possível construir sustentavelmente dentro do preço do mercado”, conclui.

O próximo passo, para Eugênio, é provocar e sensibilizar toda uma cadeia produtiva. “A nossa ação é despertar pessoas e empresas, além de capacitar produtores a fazer o manejo sustentável dos materiais e mapeá-los, para facilitar a comunicação”, explica.

Foto principal: Divulgação/Projeto Beto Cauby


Data de publicação: 25/03/2010 00:00:00